quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
observo-te..
Fumas descontraída, ao longe, encostada suavemente a uma parede de pedra velha que te acolhe o corpo quente. Inspiras de novo travando e enches suavemente a boca de fumo que consomes.
As tuas bochechas rosadas aumentam de tamanho parecendo duas pequenas bolas de textura suave.
Sopras expelindo o fumo pela boca tua delicada que te envolve nessa névoa que se torna parte se ti.
O cheiro a cigarrilha queimada fica no ar, inspiras de novo como se fosse a tua ultima lufada de ar que te dá vida. Com os dedos abertos seguras a cigarrilha em V pousando-a sumamente no cinzeiro de vidro velho que se encontra pousado na mesa à nossa frente. Altiva chaminé industrial que espreita pela janela ao nosso lado, proporciona a envolvencia necessária a mais um gole e bebes do meu copo de whisky já sujo do teu baton vermelho. Pousas-o e respiras de novo o teu ar tão próprio.
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