sexta-feira, 1 de junho de 2012

o nosso jantar


sentamos-nos à mesa do restaurante. o ambiente quente, luzes indirectas, silencio quebrado ligeiramente pela musica do piano a ser tocado no fundo da sala. tu, deslumbrante como sempre, sentada à minha frente, pegas no menu e escolhes o que te apetece comer. de saia acima do joelho, meias de liga, sapato de salto alto, camisa que te delineia as curvas do tronco e do peito, cabelo como eu tanto gosto, usando como eu te mandei, o vibrador dentro das cuecas rendadas, do qual eu possuo o controlo remoto. trocamos palavras enquanto bebemos o aperitivo. sorrisos, olhares, pequenos gestos. pego no comando, tiro-o do bolso e começo a mexer nele, fazendo o girar na ponta dos meus dedos, batendo com ele em cima da mesa, o teu olhar segue a minha mão. num misto de prazer, excitação, e receio de como tu te irás comportar. eu sorrio ligeiramente pelo canto da boca apenas, gosto de te sentir assim, excitada, quente, desejosa dos nossos jogos, gosto de te sentir nas minhas mãos, controlar o teu prazer. levas o copo à boca e conforme tomas mais um gole, eu pressiono o botão, ouve-se bem discreto o zumbido vindo debaixo da mesa, ambos sabemos ao certo o sitio de onde ele origina, o teu rosto muda de expressão, a tua face fica avermelhada, tentas manter a compostura, não queres que ninguém note. largo o botão, recosto-me na cadeira, acendo um cigarro, e levo o meu copo à boca, quero apreciar o espectáculo. pressiono de novo, agora no modo mais intenso, o som é agora abafado pelas tuas pernas que se cruzam, fazendo também com que o vibrador fique colado a ti, o teu clitoris e os teus lábios, percorridos pelo tremer frenético daquela pequena peça de plástico que te dá tanto prazer a ti que o sentes, e a mim que te vejo assim. bebo mais um gole enquanto me delicio a olhar para ti. puxo, travo, solto o fumo do cigarro que cria uma névoa entre nós.  a tua expressão de deleite, deslumbra-me, deixa-me também num estado de excitação enorme, que eu não te demonstro. trincas os lábios suavemente, fechas e reabres os olhos, ajeitas o cabelo, deixando as unhas passarem pela pela nua do teu pescoço, do teu ombro, do teu decote, até que pousas as mãos nos braços da cadeira. suspiras suavemente, vejo o teu corpo em pequenos movimentos, bamboleias-te como reflexo do prazer que estás a ter e instigada por não o poderes demonstrar na sua totalidade. o meu olhar fixo em ti. puxo, travo, fumo de novo. não consegues evitar que os arrepios de prazer se apoderem do teu corpo. as mãos cravadas aos braços da cadeira, o teu corpo emana o cheiro da tua tesão, soltas um pequeno gemido, trincas de novo o lábio, fechas os olhos, entregue ao teu orgasmo. largo o comando, fazendo com que pare, guardo-o no meu bolso. levanto-me graciosamente, chego-me perto de ti, debruço-me para te beijar na boca ao mesmo tempo que passo a minha mão por entre as tuas pernas num gesto de segundos, e te sinto encharcada. volto-me a sentar à tua frente. levo o meu copo à boca. olhas-me bem fundo nos olhos. ambos sabemos como gostamos disto. o empregado de mesa volta, e envolto em etiqueta serve-nos os pratos escolhidos..

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