quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
O estalar do fogo.
O ambiente quente pela luz das velas acesas espalhadas pela sala, em cima dos moveis, no chão, o calor da lareira a arder inundava o espaço com o cheiro inebriante a madeira queimada.
De fundo Tom Waits cantava baixinho num velho radio posicionado no canto da sala, o que lhe dava a acústica perfeita para tornar todo o espaço ainda mais intimo.
Dois copos de fundo grosso, com whisky velho ainda sendo degostados lentamente à medida que a conversa entre cigarros ia desenvolvendo, com pequenas pausas em que se inspirava e travava o fumo e se trocavam olhares e sorrisos cúmplices.
O ajeitar dos corpos no sofá de tecido espesso dava aso a pequenos toques entre os joelhos ou a ponta dos dedos quando as mãos ajudavam no movimento.
Todos os pequenos pormenores serviam de amplificação para o sentimento de excitação que existia entre os dois. A forma como ela mexia no cabelo quando o ajeitava atrás dos ombros, a expressão facial calma que ele fazia ao colar os lábios ao cigarro de cada vez que o levava à boca, o sorriso aberto dela de cada vez que ele dizia uma coisa parva que a fazia rir, o olhar incisivo e profundo dele que a observava com uma expressão mista de devoção e desejo.
Tudo fazia daquele momento perfeito. Tão perfeito que o tornava intensamente único.
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Conversas acompanhadas de uma bebida e cigarro. Preliminares pois claro. :)
ResponderEliminarBeijo d'(Ela)
Inconfundíveis ;)
EliminarBeijo n'(Ela)
O toque, a maneira como se mexe no cabelo, como se fuma, a pequena insinuação...depois....é deixar a vontade libertar-se...
ResponderEliminarÉ o momento da sedução, o momento perfeito...
Beijos Doces